Durante a minha terapia, eu comentei que minha cabeça funcionava como uma cômoda. Aquele armário de quarto cheio de gavetas, sabem qual é? Pois bem, durante a vida nós temos experiências com pessoas variadas e já repararam que algumas relações ficam e outras se vão por motivos variados? Pois bem, no meu processo terapêutico eu estou reavaliando as minhas relações e o que eu quero para minha humilde vida rs.
Meu comportamento como amiga é de ser aquela que tá ali pra rir e pra chorar. Comer e lavar a louça. Sol e chuva. E por ai vai… Mas com o tempo eu aprendi que existem tipos de amizade e confesso que foi complicado assimilar isso, adaptar a esta nova realidade para não dar voadoras mil por ai e acabar com relações por conta de uma impressão que eu criei.
Na minha cabeça agora as pessoas estão em gavetas. O grau de importância vai de baixo para cima. Poucas são as pessoas a frequentar a gaveta mais alta, dos amigos do coração e os parentes favoritos, que podem contar comigo para tudo e que eu sei que a reciproca é verdadeira. Tem aqueles que a gente tem muito contato no trabalho, na academia, na escola/faculdade… Existem afinidades, intimidades mas não o suficiente para te acolher num momento difícil, mas são ótimos para tomar uma cerveja por ai.
Acontece que tem um tipo que a gente raramente encontra, mas que é super simpático, quebra um ou outro galho, encontra na festa e sempre dá um papinho. São aqueles ex-colegas de escola e faculdade, do trabalho, amigo da mãe/pai/irmão… Enfim, pessoas legais mas que não são muita coisa na vida da gente.
E por fim, aqueles que somos obrigados a aturar. Nossa, como é difícil ser educado e gentil com este tipo de pessoa. Doí porque eu sempre tenho que monitorar a minha ironia e falsidade. Vamos assumir aqui, eu e você: quantas vezes você já fez um comentário falso simplesmente agradar. Olha, me desculpe os sincerões mas até vocês babes.
Esta organização mental me ajudou demais a lidar com as frustrações e decepções durante este processo de adaptação de vida. A minha tendência era tirar a pessoa da minha vida, não querer ver, guardar rancor… E ficar sozinha. Lógico que na hora que eu faço a troca de gavetas fica meio dolorido, mas ai eu paro de dar prioridade a quem não precisa/quer/merece e meio que rola uma neutralização cabulosa…
A maturidade limpa e o tempo cura.
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