Umas semanas atrás eu soube que tinha uma pessoa falando mal de mim pelo snapchat. A pessoa que me contou não quis expor a figura, ok. O bapho era que que a figura estava me denegrindo por conta dos “causos” que conto sobre a minha vida de solteira (tinder, happn, balada, restaurante, café…).
Quando resolvi contar, eu já imaginava que isso aconteceria pois se trata de um assunto bem polêmico e que quase ninguém consegue colocar a cara. Lembro de um video da Jout Jout sobre o tinder: muito fácil e confortável entrar e brincar com isso quando se tem um namorado. Vai fazer isso solteira… Você é a encalhada, vagabunda, piranha, puta, que só quer sexo… Me lembro que a Claudinha Stoco fez um video e na época ela estava solteira (inclusive o vídeo dela é super instrutivo para quem quer se aventurar). Mas não contou “causos” como eu conto.
Falar mal, fazer um comentário maldoso: TODO MUNDO FAZ. A grande diferença é quando, onde e com quem fazemos este tipo de fala. Quem me acompanha sabe que eu não falo mal das pessoas nas redes sociais, quando faço uma crítica eu pondero e até tento me colocar no lugar da outra pessoa. Enfim, penso desta forma porque todo mundo tem telhado de vidro, pode cair na mesma situação e se cortar.
Mesmo com pessoas amigas, eu reduzi este tipo de comportamento pois só fazia mal a mim, uma energia baixa que não preciso. Prefiro canalizar isso para outras atividades, outros comentários, uma vida mais produtiva e alegre. E olha, tá dando certo. Não é fácil, pois falar mal é quase um vício, as pessoas nem sentem e já estão ai destilando o veneno #okok #nelsonrubens kkk
Vou continuar com meus “causos” de solteira. Tô me divertindo tanto em vivê-los como em contar. Não tenho medo de viver, de contar o que passo, aprendo muito com o outro e tive bastante sorte nesta área. O cara que sai pela primeira vez do tinder me ensinou várias coisas sobre o aplicativo, conversamos muito sobre a vida de solteiro e ele me ajudou bastante pois estava numa fase de recuperação do relacionamento anterior. E não foi somente sexo, muita conversa, companhia de gente inteligente, papo bom e boas risadas. Tenho um carinho enorme por ele pois ele foi bem franco, não queria relacionamento sério e nem por isso foi cafajeste, muito pelo contrário, foi um dos sujeitos mais cavalheiro e respeitoso que conheci. Além de ser bonito e extremamente charmoso, ah…
Ele me fez bem e estava no tinder? Então… Gente boa e ruim tem em todo lugar. Tenho 32 anos, pago minhas contas e estou solteira por opção. Tenho vontades, adoro transar e qual o problema nisso? Conto sim sobre estas coisas também, isso deveria ser mais normal. Minha mãe nunca conversou comigo sobre sexo, por muito tempo eu fui travada e hoje me permito sim. Me cuido demais, faço exames regularmente, uso preservativo e tomo anticoncepcional, então que mal tem? Tem gente que tá doida pra dar que nem chuchu na cerca e fica ai enchendo a paciência.
Engraçado que eu vivi uma situação curiosa: estava com um cara e chegou uma amiga. Ai ela perguntou para ele se tinha casado. Nunca achei que homens recebiam este tipo de pergunta. Ele ficou incomodado e com razão. Estamos em 2015 e parece que as pessoas tem que prestar contas socialmente. Ai se casam porque a família bota pressão, os amigos estão casando, tá ficando mais velho, para sair de casa ou por medo de viver sozinho. Várias pessoas se separam e tô reparando que a grande maioria por este motivos que citei, não sabem conviver, não sabem dividir, não sabem ter uma vida junto, querem manter uma vida de solteiro em um relacionamento a dois… Falta maturidade para a grande maioria, falta saber o que quer da vida. Eu sei, e vocês?
Eu acredito em vocações. Tem gente que tem vocação para casar, para ter filho, para ficar solteiro, para namorar, para viver grandes amizades… Sempre namorei, gosto. Quero me casar, ter filho, mas não tô com pressa. Não vou me envolver com pessoas para sair da degola. Não espero príncipe na minha vida, quero um homem. Tem caras legais por ai, uma hora dá, se não der ok. Não vou deixar de tentar.
Tô recebendo casos de meninas e meninos, cada coisa… Vou contar pois as pessoas querem dividir com vocês as experiências delas. Quem é inteligente aprende não só com as próprias experiências, mas também com a dos outros. Obrigada pela generosidade dos que compartilham comigo. E obrigada aos boys que renderam match e crush, cantadas baratas na fila do banheiro da balada, bilhetinhos em restaurantes entregues pelo garçom e até bolo de chocolate deixado portaria do meu prédio.
The post Cada um no seu quadrado appeared first on Sim, senhorita.