Muitas vezes eu me perguntei porque as pessoas (me incluo nisso) permitem certos abusos por parte de amigos, colegas de trabalho, família e relacionamentos conjugais. Passei a perceber que durante um período na minha vida eu permitia isso pois não queria desapontar, mas o que acontecia? Eu abria mão de tanta coisa que eu que ficava desapontada e me sentia mal. E olha, pessoas vem, pessoas vão. E quem fica? Eu.
Veja bem, na vida todos nós temos que nos adaptar, não dá para ser 100% do nosso jeito. Fazer uma hora extra no trabalho quando tem um projeto importante é ok, até mesmo porque tem algum dia que pode rolar um atraso, uma consulta médica. Mas todo dia hora extra é abuso pois ultrapassa a boa vontade e senso. Só que tem gente que aceita porque tem medo de perder o emprego. A situação tá difícil, mas este tipo de aceitação tende a piorar pois o “abusador” pode achar que a pessoa vai aceitar mais e mais abusos…
Não há respeito na relação e muito menos por si mesmo o que é pior. Já tem um tempinho que eu tô tentando me respeitar mais. Poxa, eu vivi um tempão abrindo mão de vontades, sonhos e oportunidades por causa dos outros. E agora? Tô firme na minha vida. Claro que eu tenho consciência de que certas coisas ficam para trás pois não valem a pena e esta tomada de postura me ajudou a construir uma relação mais sadia e honesta com os que me circulam.
E eu tô falando até das pequenas coisas. Um chocolate inocente numa dieta quebra tudo pois o risco de recorrência é alto e o pior, aquela sensação de culpa e impotência pesando meia tonelada na cabeça que pode colocar tudo a perder. Então, que tal projetar uma meta mais comprida e incluir doces em quantidades controladas neste caminho? Temos que reconhecer nossos limites e colocar metas que sejam possíveis. Isso é ter respeito com você, é se identificar como um ser merecedor de respeito também.
Ai as faltas de respeito serão menores, os desvios serão menos recorrentes e a mente ficará mais livre para entender que o mundo não precisa de ser tão pesado, mas que uma dose de tempo e paciência cabem bem no pacote. Para minimizar isso, que tal tomar medidas para tornar esta falta de respeito menores?
1- Tudo começa pelo saber como você é: Faça listas do que gosta de verdade, do que precisa e do que considera importante. Vale a pena escrever para deixar tudo mais claro e também recomendo experimentar atividades diversas para saber se gosta ou não de algo. Se permita para saber se aquilo é gosto ou apego.
2- Perdão: Perdoe a si mesmo e os que você guarda mágoa. Para isso, tente se colocar no lugar do outro, veja o que aconteceu de errado. Não necessariamente você tem que pedir perdão, esta situação tem que ser bem resolvida na cabeça, nem sempre o outro dará espaço para isso. Tente encarar como um aprendizado e no final a sensação de peso sairá e entrará a leveza do aprendizado.
3- Aceitação: Todos tem prós e contras, devemos valorizar o que existe de bom e ficar em paz com o que não gostamos tanto. Tem gente que super valoriza o bom e esconde o ruim, isso ai também não é legal. Precisamos de equilibro nesta balança.
4- Auto confiança é essencial: saber o que somos bons é importante afinal todo mundo tem coisas boas. Tem gente que não aceita elogio, já reparou? Comece a agradecer e ponto. Sorriso e boa postura também ajudam! E por fim, mentalize 3 pensamentos positivos sobre si logo no inicio do dia… Vai te lembrar como você tem valor, que merece o melhor e pode alcançar um tanto de coisa legal que sonhou…
Isso tudo ai é um processo. Aos poucos a pulada na dieta para, dizer não a festa que o amigo te convidou mas que não tem nada a ver com você, trocar aquela blusa que sua mãe te deu e você não curtiu (, não aceitar um cara enrolado só para não ficar sozinha (tem que aprender a viver sozinha, aceitar medíocre que não dá). Respeito por si passa pelo amor próprio.
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