Imagem: Nigel Mansell e Ayrton Senna, GP Espanha 1991
Não sei se vocês já ouviram esta expressão: “dar volta na pista”. Geralmente ela utilizada quando a pessoa não vai direto ao ponto, enrola, quase toca no assunto mas não fecha a questão. E isso me irrita num grau que muitas vezes eu já solto: aqui, para de dar voltinha na pista que eu tô sem tempo. Tá, pode parecer mal educado mas não é gente. Eu fico numa angústia que quase me mata, talvez porque hoje em dia eu sou bastante direta e objetiva e gostaria que fossem da mesma forma comigo. Mas não dá para exigir uma conduta do outro.
Estava aqui pensando o que leva alguém a não ser direto e sempre me vem a cabeça a covardia. Muitas vezes a questão já está fechada mas a figura não finaliza. Tá, pode rolar sofrimento, mas protelar é legal? Inventar situações e assuntos para tornar a situação mais confortável é tão necessário?
Confortável para quem? Ai que vem a covardia, pois ninguém quer a vilania. Tipo: vou criar uma situação que fique bom para todos. E a sua responsa nisso cara pálida? Medo de que? De um dedão na cara te acusando de mil coisas que vocês têm a total responsabilidade (ou irresponsabilidade?!). Menos, menos… Cresça, é o melhor. E sinto que existe uma impressão que o “sujeito direto” é muito cruel, muito frio, sem sentimentos… Não é não. Poxa, é tão difícil “levar a real” por decisões e com jeito dá para conversar sem enrolar (sem ser mais enrolado que papel higiênico rs).
Para finalizar, recomendo a música Can´t Keep do Pearl Jam. Na música tem um trecho que eu uso como um mantra, diz assim: eu não vou esperar por respostas, você não pode me manter aqui. Muitas vezes a finalização vem de nossa parte pois não devemos deixar a nossa vida na mão de terceiros. Uma decisão de amor próprio que pode doer, mas compensa, oh se compensa. <3
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